quarta-feira, 9 de abril de 2014

Travessia Penedo-Serrinha do Alambari (RJ) - abr/14

ImagemVale do Rio Alambari, já na chegada à Serrinha

As fotos estão em https://picasaweb.google.com/116531899108747189520/TravessiaPenedoSerrinhaDoAlambariRJAbr14.

Em um dia fizemos a travessia de Penedo à Serrinha do Alambari e retornamos. A volta foi por um caminho um pouco diferente da ida, um pouco mais longo, mas com a recompensa de uma bela cachoeira.

PENEDO-SERRINHA

Chegando a Penedo, atravessamos todo o centro, continuamos pela rua principal e deixamos o carro estacionado em frente ao Mercado Dois Irmãos (rodamos 3,8km desde o portal). Caminhamos 100m mais à frente e às 10h55 entramos na primeira rua à direita, a Estrada do Córrego Frio, com placa indicando o Hotel Campestre. Altitude de 431m. Imediatamente atravessamos a ponte sobre o Ribeirão das Pedras (segundo a carta) e passamos pelo hotel à esquerda. Seguimos por essa estradinha de terra subindo suavemente e fomos à direita na bifurcação que surgiu. A estrada termina, logo após uma pequena ponte, num portão de madeira maciça que está sendo instalado na entrada de uma casa em construção logo acima. A trilha começa à esquerda da casa. Se o proprietário resolver fechar completamente esse acesso, a travessia para a Serrinha do Alambari estará comprometida, a não ser que abram uma outra picada para atingir a trilha principal, coisa que investigamos e não encontramos.

À esquerda então da casa em construção começa a trilha em forma de estradinha estreita e bastante escorregadia por causa do limo verde sobre o chão de barro. Uns 200m acima da casa uma trilha à esquerda com corrimão de madeira meio podre nos chama a atenção e entramos. Ela leva a uma cachoeira com uma pequena ponte de madeira bastante carcomida e suspeita. Só o Ronald arriscou andar sobre ela e se aproximar um pouco da queda. Uma grossa tubulação acompanha o riacho, indicando a captação de água para a vila em algum ponto mais acima. Voltando à trilha/estrada principal subimos poucos metros e outra trilha à esquerda nos levou ao alto da cachoeira, onde pudemos ver que o sistema de captação de água não está ativo. Por essa trilha continuei ainda alguns metros mas o mato foi se fechando e ela apenas acompanhava o riozinho.

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A bela cachoeira encontrada na volta

Voltamos à principal e continuamos subindo. A trilha nivela e depois desce a um ribeirão com uma cachoeira de difícil acesso à esquerda. Cruzamos pelas pedras pois a antiga ponte se espedaçou toda. A partir dali o caminho começa a se estreitar e parecer mais uma trilha mesmo. Uma curta subida e o terreno estabiliza às 11h50 no ponto onde há um acesso à direita a uma bela cachoeira com poço e lajes formando um dique natural. Nesse local a trilha principal até se alarga um pouco novamente mas logo se estreita definitivamente. Continuando, cruzamos dois riachos e junto ao segundo encontramos um rancho à esquerda. Lírios-do-brejo e capim alto escondem um pouco a trilha nessa parte, mas ela está bem marcada no chão. Cerca de 100m depois do primeiro ranchinho surge um segundo, junto a velhos pés de jaboticaba (ou alguma espécie da mesma família), porém esse totalmente destruído, com as toscas paredes de pau-a-pique se esfacelando.

A partir dali a picada toma feições de trilha da Serra do Mar, com vegetação alta e exuberante, muitas nascentes e uma quantidade incrível de pés de palmito. Numa bifurcação às 12h25 tomamos a direita para explorar e avistamos uma cachoeirinha mais abaixo, mas a trilha termina no riacho acima dela. Voltamos à principal e continuamos subindo.

Às 12h40 alcançamos uma bifurcação importante. Numa clareira com pés de jaboticaba a trilha continua em frente mas há uma outra que sai à direita e desce ao córrego. Nesse ponto (e já há algum tempo) havia uma sinalização nas árvores feita com fitas rosa. Optamos por descer à direita, cruzar o riacho e seguir as fitas. Subimos por 12 minutos e atingimos às 12h52 o fim da mata e o início de um pasto que recobre uma grande extensão da face norte da encosta. Caminhando poucos metros à frente já tínhamos visão da estrada principal da Serrinha e as casas e sítios que antecedem a praça principal do vilarejo. Aqui a altitude máxima da travessia: 810m. Antes de descer, caminhamos um pouco à direita para tentar um visual do Vale do Paraíba e conseguimos avistar parte da cidade de Resende.

Descemos o pasto por uma trilha inicialmente larga que se estreitou depois, mas não houve dúvida quando visualizamos a casa do sr Celestino mais abaixo. Descemos em ziguezague e alcançamos a casa, que contornamos pela esquerda, com os cachorros denunciando a nossa passagem. Contornada a casa, caímos numa trilha, cruzamos o Rio Alambari por um tronco-ponte e às 13h40 chegamos à estrada principal da Serrinha, bem ao lado da ONG Crescente Fértil (http://www.crescentefertil.org.br).

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Resende vista da parte mais alta da travessia

SERRINHA-PENEDO

Para o retorno a Penedo, procuramos a trilha que supostamente sai da Pedra Sonora ou da Fazenda do Sr. Nicola, segundo informações vagas que tínhamos.

A partir da Crescente Fértil caminhamos 1,1km à direita até a rua que dá acesso à Pedra Sonora e depois 250m até a pedra. Ali fizemos um lanche e experimentamos as sonoridades produzidas pela curiosa pedra. A indicação que tivemos do sítio do sr Nicola não nos pareceu interessante pois nos afastava cada vez mais do pasto pelo qual descemos, e sabíamos que esse acesso deveria se juntar em algum ponto à trilha por onde viemos. Resolvemos voltar alguns metros antes da Pedra Sonora e pegar um acesso calçado com pedras paralelas à esquerda. Entramos numa chácara e conversamos com o rapaz que veio nos receber. Pedimos permissão e ele nos deixou passar e alcançar o pasto que termina bem atrás da propriedade, às 14h28.

Subimos o pasto na direção oeste e depois sudoeste avistando abaixo a casa do sr Celestino e acima o local por onde saímos da mata vindo de Penedo. Nesse ponto o Myung começou a sentir cãibras e resolveu voltar e nos esperar na Serrinha. Eu e o Ronald alcançamos a trilha que adentra a mata às 15h22, porém à direita dela um outro caminho bastante aberto nos chamou a uma nova exploração. Essa outra trilha está bastante pisoteada pelo gado e também bastante enlameada. Com 10 minutos de descida suave, pegamos a esquerda numa bifurcação, passamos sob um pé de mexerica carregado (porém todas verdes) e descemos forte com barulho de água à direita. Era uma alta e bela cachoeira, a mais bonita de todas, com um pequeno poço. Após algumas fotos, continuamos pela trilha plana e bem marcada que acompanharia o riacho e o cruzaria algumas vezes. Nesse trajeto foi colocado um barbante como orientação para uma corrida de montanha, provavelmente já realizada.

Às 15h55 alcançamos a clareira das jaboticabeiras onde desviamos à direita na ida. Esse caminho mostrou-se mais longo que o das fitas rosa (cerca de 550m) porém a cachoeira é o prêmio para alguns minutos a mais de caminhada. Dali em diante o caminho de retorno foi exatamente o mesmo e, sem voltar a nenhuma das cachoeiras, terminamos a trilha no portão da casa em construção às 16h45. Depois mais 15 minutos de estradinha de terra até o local onde deixamos o carro.

Informações adicionais:

Extensão da trilha na ida (da casa em construção à estrada principal da Serrinha) - 3,9km
Extensão da trilha na volta (da Pedra Sonora à casa em construção) - 5,1km

Carta topográfica de Agulhas Negras: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/mapas/GEBIS%20-%20RJ/SF-23-Z-A-I-4.jpg.

Rafael Santiago
abril/2014

Percurso da ida na imagem do Google Earth


Percurso da ida na carta topográfica


Zoom in (real dimensions: 1024 x 678)
Percurso da volta na imagem do Google Earth


Percurso da volta na carta topográfica

2 comentários:

  1. Você vive nas trilhas e montanhas e, de vez em quando, passeia em casa, né? rsrsParabéns, como sempre. ;)

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  2. É exatamente isso, Cris!
    Isso até o dia em que eu ficar por lá e não voltar mais... rsrs
    Valeu!
    Beijos!

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